20°C 29°C
Maringá, PR
Publicidade

Brasil vive guerra contra as mulheres, diz ministra sobre violência

Carmén Lúcia participa de seminário em São Paulo

28/03/2025 às 15h51
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
Compartilhe:
© Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil

A ministra Cármen Lúcia (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou a situação de violência observada no país ao longo de 2024 como uma guerra contra as mulheres. A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (28), em São Paulo, durante discurso no Seminário Democracia, Justiça, Política e o Futuro do Ministério Público, Perspectiva Feminina, na capital paulista.

Promovida pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (ESMPSP), a iniciativa encerra as comemorações do mês da mulher e é realizada na sede do Ministério Público ao longo do dia. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, também participou do evento.

Violência

“No ano passado, em 2024, o Brasil teve 20 milhões de notificações de violência contra a mulher, notificações de ameaça ao feminicídio. Vinte milhões [representam] praticamente 10% da população brasileira sofrendo algum tipo de violência física, psicológica, econômica e política. Isto é uma guerra contra as mulheres”, lamentou a ministra.

“Há guerras que não violentaram 20 milhões de pessoas no espaço de um ano. O Brasil não apenas notificou, divulgou, todo mundo acha um absurdo, mas eu não vi desde a divulgação no fim de janeiro nenhuma medida específica direcionada a mudar este quadro”, observou.

A ministra afirmou que “não é todo mundo que é a favor da igualdade, todo mundo que fala da igualdade, mas é mentira que todo mundo é a favor. Se fosse, o quadro não seria este que nós observamos”.

“Se todo mundo está a favor de que é preciso que todos os seres humanos sejam iguais na sua dignidade e únicos na sua identidade, por que nós mulheres somos a maioria do eleitorado e somos sub representadas, somos dos países com pior representação nos espaços da política? Somos a maior parte da população brasileira, mas nos cargos de comando e decisão, somos uma minoria significativa”, assegurou a ministra.

Desafios

A finalidade do seminário é fomentar o debate sobre os desafios contemporâneos do Ministério Público na perspectiva feminina, destacando a importância do respeito ao princípio da igualdade e o desenvolvimento de políticas públicas para criar um ambiente favorável à participação feminina em todas as esferas de poder.

A ministra do STF abordou a situação de desigualdade de gênero também nas carreiras do sistema de Justiça . “Nas faculdades de Direito, hoje a maioria é de mulheres, não é de homens. Nos concursos, nas primeiras etapas da magistratura, no Ministério Público, somos a maioria. Por que nos espaços, no entanto, de tribunais, nós somos a minoria? Por que no Ministério Público nós temos procuradores e não temos procuradoras?”, questionou a ministra.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Maringá, PR
27°
Tempo nublado

Mín. 20° Máx. 29°

28° Sensação
2.57km/h Vento
65% Umidade
28% (0.3mm) Chance de chuva
06h35 Nascer do sol
06h26 Pôr do sol
Qua 33° 21°
Qui 28° 19°
Sex 29° 19°
Sáb 25° 18°
Dom 27° 14°
Atualizado às 14h06
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,68 -0,35%
Euro
R$ 6,13 -0,67%
Peso Argentino
R$ 0,00 -1,96%
Bitcoin
R$ 512,435,35 +2,96%
Ibovespa
131,119,75 pts 0.66%
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Anúncio
Publicidade