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Estudo aponta dados sobre impacto do calor em crianças

Conforme indicado pelo levantamento, o calor intenso pode afetar a capacidade de aprendizado das crianças

05/03/2025 às 10h51
Por: Neymar Bandeira Fonte: Agência Dino
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De acordo com um estudo divulgado pelo Centro de Desenvolvimento Infantil da Universidade de Harvard, o calor extremo pode representar riscos significativos para bebês e crianças pequenas. Conforme indicado pelo levantamento, o calor intenso pode afetar a capacidade de aprendizado das crianças. O estudo informou que pesquisas realizadas em países como Estados Unidos, Suécia e Inglaterra apontam que temperaturas superiores a 30°C nas salas de aula podem reduzir o desempenho escolar em até 20%. Além disso, o relatório afirma que em Nova York, as perdas de aprendizado aumentaram em até 50% em dias letivos com temperaturas acima de 38°C.

O estudo aponta ainda que a qualidade do sono também é afetada pelas altas temperaturas. Durante a onda de calor de 2022 no Reino Unido, foi observado que bebês demoravam mais para adormecer e apresentavam um sono menos eficiente e mais fragmentado quando as temperaturas atingiam entre 35°C e 39°C, conforme consta na publicação. Embora os padrões de sono tenham retornado ao normal após a onda de calor, a falta de um sono adequado pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, segundo o estudo.

Dados apresentados na pesquisa indicam que períodos de calor intenso estão associados a um aumento na incidência de natimortos, além de um maior número de bebês prematuros e com baixo peso ao nascer. O relatório aponta que essas condições estão relacionadas a riscos aumentados de problemas de saúde ao longo da vida, incluindo dificuldades cognitivas, crescimento reduzido e doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares.

Andreia, diretora da loja virtual de roupa infantil Kidstok, afirmou que o estudo destaca de forma contundente os impactos do calor extremo no desenvolvimento infantil, reforçando a necessidade de adaptações em diversos setores, incluindo a indústria de roupas infantis. Andreia continuou dizendo que com as temperaturas globais em ascensão, o futuro do vestuário infantil deve priorizar inovação em tecidos tecnológicos que ofereçam maior respirabilidade, controle térmico e proteção UV. “Materiais como algodão orgânico de trama leve, fibras de bambu e tecidos inteligentes com propriedades refrescantes podem se tornar essenciais para minimizar os efeitos do calor intenso sobre os pequenos”.

O estudo também destaca que as crianças pequenas são particularmente vulneráveis ao calor extremo, uma vez que seus corpos regulam a temperatura de forma diferente dos adultos. Conforme descrito na pesquisa, bebês e crianças suam menos, o que reduz a eficácia do mecanismo de resfriamento corporal. Isso pode resultar em complicações graves, como desidratação, insuficiência renal, convulsões e, em casos extremos, coma ou óbito, de acordo com a publicação.

Outro ponto destacado no estudo é que os efeitos do calor são agravados por fatores socioeconômicos. Crianças de famílias com menor renda, que vivem em regiões com infraestrutura inadequada e acesso limitado a resfriamento, estão mais expostas aos impactos negativos das temperaturas elevadas. O relatório informa ainda que o calor extremo também pode intensificar desigualdades preexistentes, afetando a qualidade de vida e o desenvolvimento infantil.

Perguntada sobre o assunto, Andreia disse que a moda infantil precisará ficar atenta pois no Brasil é comum que na maior parte do ano o calor esteja num nível alto e cuidar do design e do material de roupa infantil masculina e roupa infantil feminina é importante para ajudar na temperatura do corpo das crianças. Andreia falou também que o design pode evoluir para incluir modelagens mais ventiladas, com cortes estratégicos que favorecem a circulação de ar. “Essa visão de futuro aponta para uma indústria mais voltada ao bem-estar e à segurança térmica das crianças em um cenário climático desafiador”.

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