A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), por meio do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), apresentou nesta terça-feira (3) os novos integrantes da Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua). É a primeira vez, desde 2019, quando a comissão foi criada, que ocorre a mudança. O grupo é integrado, obrigatoriamente, por pelo menos um médico veterinário, um biólogo e docentes e pesquisadores na área específica.
Foram nomeados 16 membros, entre titulares e suplentes que atuam em diversas da Sesa: Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Gestão da Qualidade e Biossegurança; Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde; de Zoonoses e Intoxicações Exógenas e de Doenças Transmitidas por Vetores. Também há representantes do CPPI; do Laboratório Central do Estado (área de epidemiologia e controle de doenças) e da Associação de Proteção e Bem-Estar Animal de Curitiba (Probem).
Voltada à área científica, a Comissão tem como objetivo defender e proteger os animais utilizados como modelos para produção, controle de qualidade, pesquisa e ensino, visando garantir direitos e bem-estar compatíveis com as espécies. Também atua para contribuir com o aprimoramento ético das atividades científicas às quais forem submetidos.
RECONHECIMENTO- Além da posse, houve a celebração dos cinco anos de criação da comissão e o reconhecimento dos serviços prestados com a entrega de certificado. “Nesses cinco anos de atuação, a Comissão contribuiu para a qualidade da pesquisa, proporcionando desenvolvimento social e zelando pelo cumprimento das regras”, diz a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti Lopes. Ela destaca, ainda, ações para promover o desenvolvimento técnico que possa substituir os animais. “Um trabalho de grande valia para o Paraná”, afirma.
Entre 2019 e 2024, a comissão avaliou 32 projetos científicos oriundos de diversas instituições de pesquisa, de universidades e de entidades da saúde pública envolvendo animais, dentre eles equinos, gatos, coelhos, camundongos, serpentes, aranhas e triatomíneos (insetos). Todos os projetos foram avaliados seguindo a Lei Federal nº 11.794/08, que estabelece procedimentos para o uso científico de animais vertebrados em atividades de ensino e pesquisa, determinando os limites éticos da utilização desses animais.
O médico veterinário e diretor do CPPI, Rubens Luiz Ferreira Gusso, enfatizou o trabalho dos profissionais que atuam no grupo. “A comissão é focada e atua com muita agilidade e competência. Eu, como profissional de saúde e como médico veterinário, tenho muito respeito pelos animais e a Sesa dignifica essa participação ambiental”.
PRESENÇAS – Estiveram presentes no evento o diretor-presidente da Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas), Geraldo Biesek; a diretora do Lacen, Célia Fagundes Cruz; o representante da ONG Probem e dos integrantes da Comissão, Masahiko Ohi; os presidentes do Sindicato de Médicos Veterinários e do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná, Cesar Amin Pasqualin e Adolfo Yoshiaki Sasaki; a professora emérita da UFPR, Vanete Soccol; o diretor científico do Instituto de Pesquisa Pequeno Príncipe, Bonald Figueiredo, além de servidores e pesquisadores.