A Polícia Militar do Paraná (PMPR) realizou um exercício operacional visando aprimorar técnicas e táticas de combate à crimes violentos contra o patrimônio, também conhecidos como “novo cangaço”, em Ponta Grossa, na madrugada desta sexta-feira (30). A ação, coordenada pelo Comando de Missões Especiais (CME) da corporação, mobilizou um grande efetivo de policiais militares. A simulação envolveu um suposto ataque ao batalhão, com vias bloqueadas por pneus queimados, e a área de uma transportadora.
Na ação desta madrugada, a Polícia Militar do Paraná integrou efetivos do Comando de Missões Especiais (CME) e do 4º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM). Além disso, demais órgãos, como o Exército Brasileiro, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil (PCPR), Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e Guarda Civil Municipal de Ponta Grossa também integraram a ação, visando aprimorar a qualidade técnica de cada órgão e a colaboração mútua em cenários de crise.
"A Polícia Militar do Paraná está preparada para atuar contra o crime, mesmo no domínio de cidades. Nossas tropas estão em constantes treinamentos e preparadas. A ideia é de fazer um planejamento para saber como atuar nessas situações", disse o comandante-geral da PM, coronel Jefferson Silva, que participou do treinamento. Segundo ele, o modo de ação dessas quadrilhas busca justamente atrapalhar a atuação da polícia, enquanto os simulados preparam a corporação para evitar esse efeito-surpresa.
O termo "novo cangaço" é utilizado para descrever uma modalidade de crime que tem como características principais o uso de violência e estratégias para ataques à instituições financeiras, como bancos e carros-fortes. Esse tipo de crime se assemelha ao "cangaço" histórico do início do século XX.
Além de Ponta Grossa, as cidades de Wenceslau Braz , no Norte Pioneiro, e Cascavel , no Oeste, também contaram com exercícios simulados neste ano. Elas pertencem, respectivamente, ao 2º CRPM e ao 5º CRPM. Na semana que vem, o curso inicia em Maringá, no Noroeste, na área de abrangência do 3º CRPM. As formações serão realizadas ainda em Curitiba e São José dos Pinhais até o final do ano, atingindo todos os comandos regionais paranaenses.
A formação é realizada durante uma semana e, 10 dias depois, uma unidade policial é escolhida para a realização do simulado. Neste período, a unidade precisa elaborar o plano de defesa envolvendo os policiais que atuam ali, contatando outras forças de segurança e também avisando a comunidade sobre o que vai acontecer. O local do simulado não é avisado à corporação, para que os policiais possam atuar como se fosse uma situação real.